SIPAT do Getulinho encerra suas atividades reforçando o compromisso com a segurança do trabalhador

Dando continuidade nos trabalhos da SIPAT do Hospital Getúlio Vargas Filho (Getulinho), que duraram toda a semana passada, de segunda (5) até sexta (9) de maio, cerca de 180 profissionais da unidade pediátrica de Niterói, que é referência no estado do RJ, se mobilizaram para diversas atividades que envolveram rodas de conversa, palestras, dinâmicas e treinamentos. A Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho, como é chamada, é organizada pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e tratou de temas essenciais para a segurança e o bem-estar no ambiente de trabalho.

Na terça-feira (6), a equipe de psicologia do hospital organizou uma roda de conversa em que os profissionais puderam expressar seus sentimentos sobre a rotina de trabalho na perspectiva de entender mais sobre o burnout.

“Aprendi que descansar não é fraqueza, é parte da produtividade” e pedir ajuda não é sinal de fracasso serviram para uma grande análise em conjunto de muita emoção.

“A maioria das pessoas foi muito sincera e aberta, causando a reflexão importante que queríamos com a atividade, mas que foi muito além da expectativa. Os profissionais realmente aproveitaram o formato de roda de conversa para fazer um encontro muito positivo”, afirmou a psicóloga Susie Barcellos, que comandou a dinâmica junto com suas colegas Camila Rossetto e Carolina Damásio.

Em seguida, também sabendo que a saúde mental e o bem-estar são alinhados para a maior proteção ao trabalhador, para além da medicação tradicional, a farmacêutica e assessora da direção, Claudia Soares, trouxe os benefícios da aromaterapia – o estímulo do olfato de essências para o cuidado de variadas demandas do corpo: “É sempre prazeroso divulgar esse trabalho. As pessoas têm muitas dúvidas sobre o tema e eu procuro sempre ajudar e incentivar essas práticas. Já temos muitos artigos científicos e estudos sobre o tema comprovando a importância dos óleos para a saúde”.

À tarde, foi a vez da diretora do hospital, Julienne Martins, trazer um assunto de extrema importância para a segurança de toda a comunidade hospitalar: a manutenção da caderneta de vacinação dos profissionais em dia.

Julienne trouxe informações de cada doença que é evitável, como o sarampo (presente na vacina de tríplice viral e que infelizmente deixou recentemente de ser erradicada no Brasil frente ao aumento dos discursos antivacinas), hepatite B e influenza (esta última que segue na campanha anual nas unidades de saúde).

Respondendo dúvidas, Julienne esclareceu as durações de imunizações que variam conforme o tipo de vacina (de vírus vivos atenuados; inativadas; com subunidades; conjugadas ou toxoides; e de RNA ou vetor viral, como é o caso das atuais vacinas contra a Covid-19) e o cronograma das doses.

“Nosso trabalho, enquanto profissionais de saúde, tem que ser de desviar desses agentes que podem fazer mal para a gente ou que a gente possa levar para casa e atingir nossos entes queridos, como filhos, idosos ou quem tem uma doença de base que pode ter uma imunidade mais baixa”, explicou Julienne.

No tema dos acidentes de trabalho, a programação seguiu na quarta (7), com o engenheiro civil do hospital Renan Mendes, os enfermeiros Rogerio Pedreira e Sonia Freitas e a analista de Recursos Humanos, Joice Vasconcellos.

Posteriormente, com o foco em situações de incêndio, Allan Cunta, técnico de segurança do trabalho, conduziu um treinamento por dentro das dependências do hospital, indicando as rotas de fuga e como seguir as sinalizações até os pontos de encontro de forma adequada. Calma, atenção, evitar atropelos, empurrões e gritos são maneiras essenciais para evitar grandes danos.

Nos casos de incêndio, Allan recomenda andar em grupos, evitar o retorno para busca de objetos e não ligar ou apagar luzes ao sentir cheiro de gás, lembrando da importância do telefonema para o 193 nestes casos. “Todos os colaboradores, independente do cargo que ocupam na instituição, deverão seguir rigorosamente as instruções do grupo de instrutores”, alertou.

Nos últimos dois dias da semana (8 e 9), Allan Cunta e a Cléa Beneticto, também técnica de segurança do trabalho, ministraram encontros online com os profissionais das unidades geridas pela OS IGEDES, como o Getulinho, reforçando o tema dos acidentes de trabalho. Eles trouxeram a importância do uso de Equipamentos de Proteção Individual e Coletivo (EPIs e EPCs); as normas regulamentares, como a da PCMSO e o NR32 que separa o acidente de trabalho em típico, de trajeto e ocupacional.

Na apresentação, foi reforçado que o profissional acidentado deve encaminhar ao CAT – Comunicação de Acidente de Trabalho em até um dia do acidente, em um fluxo que segue para o RH.

Comemorando a realização do evento, o presidente da CIPA e diretor administrativo do Getulinho, Anselmo Carvalho, comentou o encerramento dessa programação intensa sabendo que vai reverberar em melhores práticas por todo hospital: “Seguimos firmes no compromisso de promover um ambiente mais seguro, saudável e humano para todos!”

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