Começou, na noite de sexta (20/06), o inverno no Brasil, com previsão de temperaturas mais baixas.
Os que mais sofrem neste período são os idosos e as crianças. Os idosos porque têm sistema imunológico já enfraquecido e as crianças por ter sistema imunológico ainda em desenvolvimento.
Como exemplo, podemos citar o número de atendimento de emergência do hospital pediátrico Getúlio Vargas Filho, em Niterói: em janeiro de 2025 teve cerca de 3.300 pacientes atendidos e no último mês de maio foram mais de 6.500 mil, gerando um aumento de quase 97%.
No Getulinho, a maior parte dos atendimentos envolveu crianças de até 4 anos de idade, que representaram quase dois terços do total de pacientes no período. A faixa etária de 2 a 4 anos concentrou sozinha 29,2% dos atendimentos, seguida pelas faixas de 5 a 9 anos (23,5%) e de 0 a 11 meses (19,9%).
A maioria da população que procura atendimento no Getulinho é de Niterói com 65,7%, moradores de São Gonçalo representam 29,7%, mas a unidade também tem procura de municípios vizinhos como Itaboraí, Maricá e Tanguá.
Também houve crescimento na gravidade dos casos: a taxa de conversão dos atendimentos para internação saltou de 2,8% em janeiro para 5,1% em maio. O maior impacto foi observado na clínica médica, cuja taxa de internação mais que dobrou no período — de 2,7% para 4,9%. Os casos que evoluíram para internação em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) se mantiveram estáveis, mas ainda assim representaram uma carga importante para o sistema hospitalar.
A diretora Julienne Martins fala dos impactos que isso tem causado na rotina do hospital. “Situações como essas, que ocorrem no outono e no inverno, exigem priorização dos casos mais graves e comprometem a agilidade em atendimentos de menor urgência”, explica.
Para ajudar a reduzir esses impactos, Julienne recomenda que todos adotem medidas simples, porém eficazes, para a prevenção e o controle das infecções, tais como manter a vacinação em dia, evitar exposição das crianças a ambientes fechados e aglomerados, incentivar a higiene frequente das mãos e procurar atendimento médico precoce nos postos de saúde próximo a sua residência, diante dos primeiros sintomas.

