A ILPI, como é mais conhecida em Angra dos Reis, com um pouco mais de um ano de funcionamento, já é referência de abrigo público para idosos no Estado do Rio de Janeiro.
Atualmente, a instituição está abrigando 29 residentes. Entre eles está um paciente especial: Marcos Roberto Camilo, de 48 anos, carinhosamente chamado de Marquinhos por familiares, profissionais da ILPI e demais residentes.
Marquinhos apresenta paralisia e não verbalização. Segundo sua irmã, Patrícia Camilo de Castro, de 43 anos, Marquinhos tem a deficiência desde seu nascimento. “Minha mãe sempre contou que a culpa, dessa condição do meu irmão, foi da utilização de fórceps obstétrico. Vai saber? Somos naturais de Volta Redonda, sou auxiliar de cozinha, estou desempregada e tenho cinco filhos, difícil né?”, declarou Patrícia.
Marquinhos está na ILPI desde sua inauguração, em janeiro de 2024, suas condições de saúde e social eram precárias, sem interação com o meio e com muita dificuldade de deglutição.
“Meu irmão está bem diferente, ganhou peso. Tem assistência médica, faz fisioterapia, tem aulas pedagógicas e já come direitinho – antes Marquinhos não conseguia segurar uma colher. Marquinhos já está interagindo, sorrindo e brincando. Ele foi recusado em outros lugares por acharem que ele não teria evolução. Aqui é outra realidade, sinto que meu irmão é amado”, completou Patrícia.
Antes de chegar à ILPI, Marquinhos passou por outros dois abrigos, não públicos, de Angra dos Reis. Mas foi na IPLI, Luiza Olindina da Silva Alves, que Marquinhos teve acolhimento digno e de acordo com sua real condição.
“Marquinhos é um querido, muito meigo e é exemplo que não podemos desistir de ninguém. O cuidado digno faz toda a diferença. Não deixamos que os residentes sintam solidão ou medo. O empenho e o carinho criam laços de confiança e amor. Tá aí o resultado!”. Declarou a diretora da ILPI, Vanessa Fonseca.
