Grupo “Diabetes Entre Nós” se reúne no Getulinho

Na prerrogativa do acolhimento do SUS, o Hospital Getúlio Vargas Filho (o Getulinho), de atenção pediátrica em Niterói, realizou um encontro entre profissionais, pacientes diabéticos e seus responsáveis nesta quinta-feira (25/09). A ocasião marcou a apresentação do nome e da logo do grupo, escolhido por votação em um grupo de WhatsApp: “Diabetes Entre Nós”.

Por princípio, os usuários foram convidados a refletir sobre o nome do grupo escolhido. Termos como “amor”, “intimidade”, “pertencimento”, “acolhimento”, “aprendizagem” foram lembrados. Nesse contexto, Vivian Padial, coordenadora da Pedagogia Hospitalar, que conduziu as dinâmicas, explicou que o termo “nós” também tem referência às amarras, simbolizando o desafio e a superação diante da doença crônica.

Apresentando o texto de apresentação da logomarca, Vivian destacou “a figura do bordado transforma esse entrelaçar em uma linguagem silenciosa e afetiva, tecendo memórias, histórias e emoções; ele é um verso tecido no tecido da vida, um gesto de autoconhecimento”.

Durante as atividades, foram entregues duas fitas entre os presentes, para que escrevessem: em uma, algo positivo sobre o tratamento do diabetes e na outra, um desafio a ser superado. Na positividade, “comunicação”, “uso de insulina”, “avanço da tecnologia” e “democratização do SUS” foram citados. Já os desafios foram apontados por “falta de políticas públicas”; “burocracia”; “desinformação”, “medos” e “preconceitos”. Os pacientes, crianças e adolescentes, ressaltaram também o incômodo de terem que estar sempre medindo a glicemia.

A endocrinologista do Getulinho, Clarissa Osório, enalteceu as novas tecnologias para o tratamento: “Está sendo discutido não o transplante, porque ele tem riscos, mas estão sendo descobertas maneiras de reativar as células. Mas isso está em estudos ainda”, citando conquistas importantes com a insulina na década de 1920 e a contagem de carboidratos desde 1994.

Uma das responsáveis dos pacientes, a Vilma Paixão, avó da graciosa Júlia Portella, de 13 anos, elogiou a iniciativa do grupo e compartilhou sua reflexão: “Ao mesmo tempo que temos que falar normalmente com eles, existe também um sentimento nosso, de responsáveis, que é muito difícil de explicar. Temos que ter a fala certa e estar muito abertos, porque é vida que está ali, né? Então temos que ter equilíbrio”.

Por fim, foi realizada uma dinâmica de “fato ou fake”, desmistificando a renúncia total do consumo de açúcar e as vantagens da alimentação diet (que nem sempre é realmente saudável – sendo necessário ser sempre analisado o rótulo). Ainda nessa etapa final do evento, um sorteio do aparelho FreeStyle Libre 2, de monitoramento de glicose, foi efetuado e a pequena Maria Flor, de 7 anos, foi contemplada.

Os profissionais aproveitaram para convidar todos para os próximos eventos, programados para os dias 5 e 6 de novembro, em alusão ao Dia Mundial do Diabetes, celebrado em 14 de novembro.

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