Em celebração do Dia Internacional da Mulher, o Hospital Getúlio Vargas Filho, o Getulinho, está promovendo três dias de festividades.
Este ano o Getulinho buscou referência na ONU (Organização das Nações Unidas) Mulher Brasil, que lançou a campanha “2025, Ano de Todas as Mulheres e Meninas”.
“Fizemos uma pesquisa de opinião interna com as nossas funcionárias e outras mulheres que frequentam o hospital, na tentativa de compreender o que elas pensam em relação a sua atual condição na sociedade, seus sonhos, desafios e as possibilidades para seu futuro”. Informou a diretora executiva do HGVF, Julienne Martins.
Ontem (12/03), o hospital abriu a Semana da Mulher com uma roda de conversa, tendo o tema “Mulheres na Ciência”; um café da manhã especial; sessões de massagem e cuidados com a saúde; e auriculoterapia.
Na abertura das festividades o diretor administrativo da unidade, Anselmo Dias de Carvalho exaltou a força feminina na atuação do hospital: “Não podemos ignorar o empoderamento feminino. Trabalhando com muitas mulheres, não enxergo discriminações. Muitas vezes, fico surpreso com as dificuldades e discriminações que minhas colegas de trabalham narram. Acho importante esse dia específico das Mulheres, é sinal que há muita coisa para mudar. Os homens não sofrem os tipos de violência que as mulheres sofrem, como um tom de voz diferente com as mulheres, uma fala mais agressiva e repressora ou uma diminuição do papel da mulher na sociedade. Isso é inadmissível”.
As palestrantes trouxeram informações da contribuição das profissionais mulheres no Getulinho, principalmente como um centro de pesquisa científica.
A psicóloga Lara Olej ressaltou a importância do Getulinho para a pesquisa sobre Covid Pediátrica. Lara, profissional do Hospital Universitário Antônio Pedro, coordena a pesquisa. “Temos o privilégio de estar num lugar onde se valoriza e incentiva a pesquisa”, afirmou Lara.
Janiciene de Souza Silva, do setor de Qualidade também é doutoranda em Vigilância em Síndromes Gripais, em sua fala, lembrou da importância de redes de apoio, principalmente na união intersetorial do hospital.
Aliás, o termo rede de apoio também se destina ao projeto de Educação em Diabetes que a médica em Endocrinologia, Clarisse Salgado Ribeiro Osório, está à frente: “É um desafio para pais e escolas a tratativa de uma criança diabética tipo 1. Com esta rede de apoio podemos esclarecer sobre a doença e orientar pais e educadores no tratamento da diabetes em crianças”.
Essa relação da Secretaria Municipal de Educação de Niterói e o Getulinho já vem colhendo frutos significativos com o Programa Pedagogia Hospitalar, que atua no hospital e que visa dar continuidade à educação de crianças e jovens que estão hospitalizados.
A psicóloga Lauane Baroncelle e a professora Vivian Padial, presentes na abertura do evento da Mulher no Getulinho, relembraram a relevância da atuação em conjunto da educação e saúde, que não se limitam aos pacientes, envolvem, também, as famílias, os acompanhantes e até os funcionários. Como foi o caso da premiação do Instituto Tomie Ohtake para a Pedagogia Hospitalar do Getulinho, em que um dos prêmios foi uma bolsa de 100% para um curso de graduação na Universidade Estácio de Sá. Após processo seletivo, a auxiliar administrativa do Getulinho, Roberta Azevedo foi a vencedora e está cursando Farmácia. “Voltei a estudar aos 45 anos. Há alguns anos atrás, abri mão dos estudos para formar uma família, como tantas mulheres fazem. Mas estou orgulhosa de mim mesma. Vou me formar aos 50 anos. Nunca é tarde, né?”








