O Hospital Municipal Getúlio Vargas Filho (HGVF), carinhosamente chamado de Getulinho, completou no último dia 29 de setembro seus 71 anos de dedicação à pediatria e saúde pública. A comemoração, no entanto, foi nesta quinta-feira (2) com cerimônia e música na frente da sua emergência. Um painel com a história e as conquistas da unidade foi instalado e ficará exposto nos próximos dias.
Inaugurado em 1954, o hospital se tornou um verdadeiro símbolo de cuidado, acolhimento e esperança para milhares de crianças, adolescentes e famílias que passaram por suas portas ao longo das décadas.
Mais do que um hospital, o Getulinho é um espaço onde a técnica se une à humanização. Sua missão vai além de oferecer tratamento pediátrico com qualidade e segurança: o hospital busca sempre garantir o vínculo familiar, o olhar atento e a escuta acolhedora.
O Getulinho também é reconhecido como um importante campo de ensino e pesquisa, recebendo alunos de diversas instituições da área biomédica. Ali, muitos profissionais dão seus primeiros passos, aprendendo, antes de tudo, atos de cuidado com o outro.
Na abertura, a Secretária de Saúde de Niterói, Ilza Fellows, destacou a importância histórica da instituição: “O Getulinho foi o primeiro hospital pediátrico do antigo estado do Rio de Janeiro, um marco em uma época em que a atenção à criança ainda não tinha o devido olhar. Desde então, o hospital vem se tornando referência graças à dedicação e colaboração de todos que participam dessa trajetória.”
A diretora, Juliénne Martins enaltece esse legado: “Com 71 anos estamos idosos, mas estamos em renovação, em constante construção e a exposição localizada aqui na entrada da emergência demonstra isso”, afirmou, valorizando também o caráter do hospital na aquisição de novas ferramentas, apostando em gestão participativa como no Conselho Local de Saúde e promovendo educação em saúde.
Embalando a confraternização, a Orquestra da Grota apresentou músicas do cancioneiro popular, como “Qui Nem Jiló”, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, e “Anunciação”, de Alceu Valença.
A exposição de cartazes informativos traz frases que resumem sua identidade, como: Getulinho é gestão participativa; Getulinho é ensino; Getulinho é pesquisa; Getulinho é educação em saúde; Getulinho é sustentabilidade; Getulinho é resiliência.
Um convidado muito especial também estava na festa carregando uma bola com a estampa da logo dos 71 anos do Getulinho: era Isaac Peixoto, de três anos, que esbanjava simpatia e amorosidade nos presentes. O menino trata no hospital em diversas especialidades por conta do seu atraso no desenvolvimento e escoliose congênita. Ao saber que ia tirar foto, Isaac logo fez pose com seus óculos elegantes. E a mãe era só elogios ao hospital: “tudo aqui é ótimo, não tenho nada a reclamar, todos os profissionais atendem muito bem”, disse Leticia Andrade.
Representando a comunidade, a líder Denise de Aguiar, integrante do Conselho Local de Saúde, também ressaltou o valor humano do hospital: “É um hospital maravilhoso. Depois que comecei a me envolver, percebi toda a dimensão do cuidado e das trocas que acontecem aqui. Nós, como representantes dos usuários, trazemos as demandas e levamos para fora. O hospital faz coisas maravilhosas, com zelo e amor. Muitos pensam que é só um hospital de emergência, mas é muito mais: é um coração de verdade, com atendimento educacional e psicológico que faz toda a diferença.”
Se o Getulinho chegou aos 71 anos como referência nacional em pediatria, é porque sua história foi escrita por cada um de seus funcionários que acreditam no cuidado compartilhado, seguindo as diretriz do Sistema Único de Saúde (SUS). Cada criança atendida, cada família acolhida e cada profissional formado fazem parte desse legado.










