Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), houve um crescimento significativo nas infecções por vírus sincicial respiratório (VSR) desde março de 2025, a maior taxa dos últimos três anos. Mais da metade do país está em estado de alerta para a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que pode ser desencadeada por esse vírus, refletindo um número alto de casos de bronquiolite em crianças.
As emergências dos hospitais pediátricos, como do Hospital Getúlio Vargas Filho (Getulinho), já estão lotadas com casos de síndromes respiratórias. Muito se deve a mudanças climáticas e ao clima mais instável antecipando o outono.
O interessante que a 86ª Semana Brasileira de Enfermagem, de 12 a 20 de maio (www.youtube.com/@abennacionaltv), tem como tema “Saúde planetária: desafios e a atuação crítica da Enfermagem”, reconhecendo, assim, o papel crucial da Enfermagem na construção de um futuro mais sustentável.
“Tudo tem reflexo na saúde das pessoas: a crise climática, a degradação ambiental e as desigualdades sociais”, afirmou a PHD em Enfermagem e professora da UFRJ, Maria Gefé.
Os impactos das mudanças climáticas, em consequência à degradação do planeta, têm reflexos no aumento da poluição e no surgimento de novas doenças infecciosas, agravam doenças crônicas e aumentam diretamente a demanda dos serviços de saúde.
As crianças são mais suscetíveis a síndromes gripais por ter o sistema imunológico ainda em desenvolvimento; por proximidade a outras crianças em escolas e creches; estão ainda aprendendo hábitos de higiene; possuem o trato respiratório menor e mais estreito, o que pode levar a sintomas mais intensos mesmo com infecções leves.
É importante que os pais e responsáveis mantenham a caderneta de vacinação das crianças em dia. E que fiquem sabendo que as consequências climáticas afetam a todos, sem exceção.

