Durante o mês de maio, são realizadas ações pelo país visando dar visibilidade ao combate à exploração sexual de crianças e adolescentes, diante disso, o Hospital Getúlio Vargas Filho (Getulinho) promoveu uma capacitação aos profissionais da unidade para acolhimento e identificação de casos.
Para falar sobre o tema, recebemos a doutora Shayane Lopes que é especialista no assunto, com pós doutorado em prevenção ao abuso sexual e faz parte do movimento Infância Protegida.
Na capacitação, foi discutido sobre a importância e necessidade de instrumentalização dos profissionais no sistema de garantia de direitos de crianças e adolescentes, visto que assim é possível observar os sinais que podem identificar ocorrências de abusos, contribuindo para que as vítimas saiam da vulnerabilidade dos ciclos de violência. É fundamental que haja uma escuta qualificada nos atendimentos nas unidades de saúde.
Segundo ela, existem alguns sinais de alerta nos comportamentos de crianças no dia a dia, tais como ataques de raiva, comportamentos sexuais inadequados com brinquedos e objetos, insegurança, isolamento, medos inexplicáveis de lugares e de pessoas em particular, pesadelos e distúrbios do sono, presentes e dinheiro sem motivos, retomada a comportamentos de quando tinha menos idade (ex: fazer xixi na cama), segredos, sinais físicos (dor, feridas nas genitais entre outros).
Reforçou a necessidade do compromisso com a causa, de os profissionais estarem integrados com o sistema de garantia de direitos das crianças e dos adolescentes do município e, além da mobilização, ter participação popular e divulgação das informações.
A especialista no assunto, doutora Shayane Lopes, destaca que “a informação é o que temos de mais produtivo, eficiente e eficaz na prevenção do abuso sexual de crianças e adolescentes”.



