Novembro Azul no Getulinho alerta sobre câncer próstata

Pela Saúde do Homem e o combate ao câncer de próstata, o Hospital Getúlio Vargas Filho, o Getulinho, reuniu na quarta-feira (26) seus profissionais para assistirem uma palestra de Felipe do Cabo, enfermeiro convidado da Policlínica Sergio Arouca.

O profissional deu uma verdadeira aula sobre o câncer de próstata, iniciando sobre como o câncer pode ser caracterizado como o crescimento desordenado das células do corpo. Os tumores malignos atingem órgãos e tecidos, levando a metástase e se alastrando no organismo.

A próstata é um órgão reprodutor masculino que produz o líquido seminal. É localizado na frente do ânus e tem um formato de noz.

O câncer de próstata é o segundo de maior incidência (perde apenas para o de pele não melanoma), mas é aquele que mais mata homens. E não é um clichê sempre reafirmar que quando descoberto precocemente, maiores são as chances de cura.

Entre os sinais e sintomas, podemos relatar jato de urina fino e fraco; micção intermitente; urgência para urinar; sangue na urina; dor e/ou ardor ao urinar; dor ao ejacular; dor contínua na parte inferior das costas, quadris ou superior das coxas.

O diagnóstico pode ser realizado por biopsia, ultrassom e ressonância magnética. Já no tratamento, é realizada cirurgia, radioterapia e hormonioterapia.

Fabio reforçou os exames de rotina para homens e, no caso da próstata, especificamente, os exames de PSA e de toque (para homens com mais de 50 ou aqueles com mais de 40 que tenham histórico familiar com a doença)

“Anualmente, é necessário fazer exames de rotina. E não é só o PSA, mas um hemograma, lipidograma, EAS, um exame de fezes, isso é o básico do básico. Principalmente a partir dos 50 anos”, alertou o enfermeiro.

Dentre os fatores de risco podem ser citadas a idade avançada, o histórico familiar, obesidade, raça negra, sedentarismo e dieta inadequada.

Praticar atividade física, se alimentar de forma saudável, reduzir a quantidade de gordura, manter peso adequado, diminuir consumo de álcool e não fumar, são algumas das recomendações de prevenção.

Sabendo que o homem tem uma tendência cultural a cuidar menos da sua saúde do que as mulheres, a assistente social do hospital, Denise Melo, finalizou o evento desmistificando tabus: “os homens foram socializados de uma forma tão machista que se cuidar faz parecer que irão diminuir sua masculinidade, o que não é verdade. O homem também chora, sente dor, tristeza. É preciso se cuidar, e a gente tem recursos para isso. O cuidado em saúde passa pelo corpo, que é um conjunto, não é só medicação quando estamos doentes”, alertou, estimulando que os homens participem das atividades de cuidado em saúde que estão previstas na programação do Novembro Azul do hospital pediátrico, como podologia e massoterapia.