Equipe do PADI fala sobre desospitalização em cuidados paliativos no Hospital Lourenço Jorge

Na manhã de hoje (05/06), no auditório Carlos Mercês do Hospital Municipal Lourenço Jorge, a equipe do PADI, representantes da Subsecretaria de Atenção Hospitalar, Urgência e Emergência e coordenação médica do Programa de Atenção Domiciliar ao Idoso (PADI) se reuniram com profissionais do hospital para falar sobre desospitalização de pacientes em cuidados paliativos.

A doutora Livia Coelho, coordenadora médica do PADI, iniciou apresentando o programa: “Fazemos parte do programa federal de Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD) da Atenção Secundária, regido pela Portaria GM/MS Nº 3.005 de 02 de janeiro de 2024. Prestamos assistência domiciliar interdisciplinar a idosos, adultos e crianças em situação de restrição ao leito ou ao domicílio, para fins de tratamento, reabilitação, cuidados paliativos e prevenção de agravos”.

Atualmente, o programa conta com 17 equipes multiprofissionais de Atenção Domiciliar (EMAD) e sete equipes multiprofissionais de apoio (EMAP). São mais de 280 profissionais no programa. Cerca de 60% dos pacientes provem de hospitais municipais, o restante vem de hospitais federais e estaduais e das clínicas da família.

O PADI atende cerca de 1.100 pacientes, onde 62% estão em serviços de reabilitação, cerca de 30% em cuidados paliativos não oncológicos e um pouco mais de 7% oncológicos.

Cuidados paliativos são uma abordagem voltada para a melhoria da qualidade de vida de pacientes e seus familiares diante de doenças graves, crônicas e que ameacem a continuidade da vida.

A técnica de enfermagem a serviço do PADI para captação de pacientes no Hospital Lourenço Jorge, Andrea Silva, elogiou a iniciativa de aproximação do PADI com seus hospitais bases: “Os profissionais dos hospitais acabam conhecendo o programa e tirando dúvidas, isso permite que possamos captar mais pacientes para o programa. Às vezes, temos dificuldades em sensibilizar familiares de pacientes, como numa doença terminal, que o melhor para aquele paciente é estar em casa e que irão receber todo o apoio necessário. A maioria das pessoas ainda desconhecem o programa. A maioria de nossos pacientes estão em áreas de difícil acesso social, são áreas com muita violência ou em comunidades em morros. Tem pacientes que ao vermos seu ambiente de vida, entendemos o porquê que estão em hospitais. A gente busca fortalecer o paciente e ele nos fortalece, nos motivando cada vez mais a fazermos o nosso melhor”.

“É importante que a rede municipal de saúde esteja integrada. Essas oportunidades que a gente tem de conversar e apresentar o programa e suas especificidades são primordiais para esclarecer dúvidas e integrar cada vez mais a saúde como um todo. A atenção domiciliar é a primeira a citar os cuidados paliativos, em 2011, desse então, há uma maior citação da rede domiciliar de atendimento e dos cuidados paliativos”, citou a doutora Germana Périssé, coordenadora do programa.

A palestrante e coordenadora médica, Livia Coelho, informou que o PADI ajudou o Hospital Lourenço Jorge a criar uma comissão de cuidados paliativos e, assim, as relações ficaram próximas. “Estamos montando, em conjunto, um fluxo de desospitalização e cuidados paliativos aqui no hospital. A intenção é estender para outros hospitais esta aproximação, como uma ação do PADI e para o cumprimento da política nacional dos cuidados paliativos”, esclareceu, ainda, a médica.

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